segunda-feira, 20 de junho de 2011

Propólis - Aumentando defesas imunológicas



Os Estudos referentes à aplicação de Ativos Cosméticos originados da Natureza, tem se desenvolvido de forma veloz, as indústrias fármaco-química, investem em pesquisas articuladas com a prática profissional e artigos científicos. Entre estes produtos, o Extrato de própolis, proveniente das abelhas da espécie Apis mellifera, apresenta grande aceitação devido a suas propriedades terapêuticas.

A palavra própolis vem da junção dos termos "pró", que significa antes, e "pólis", que quer dizer cidade. A terminologia grega, "antes da cidade", remete ao principal papel desempenhado pela própolis: proteger a colméia.

Graças a ela, as abelhas não adoecem e suas "casas" permanecem sempre à temperatura ideal e livre de micro-organismos e insetos invasores. Qualquer pequeno animal que tentar invadir a colméia é embalsamado.

A própolis é considerada atualmente um dos produtos naturais de maior destaque, conhecida pelas diversas propriedades biológicas com ação: cicatrizante, antiinflamatória, bactericida, protetora e regeneradora de tecidos, calmante de irritações da pele.



Essas propriedades se encontram relacionadas com sua composição química, que apresenta, até o momento, cerca de 200 elementos já identificados, sendo os principais agrupados em: flavonóides, ácidos graxos, alcoóis, aminoácidos, vitaminas e minerais, sendo: resinas; bálsamos (55%); cera (30%); óleos voláteis (10%); pólen (5%), flavonóides (galangina); ésteres de ácido benzóico e cinâmico.



“Os flavonóides são considerados os principais compostos responsáveis pelos efeitos benéficos da própolis. São definidos como compostos fenólicos provenientes de plantas, que agem em diferentes processos fisiológicos, atuando na ação e absorção de vitaminas, nos processos de cicatrização como antioxidantes e exercendo função antimicrobiana e moduladora do sistema imune”.



Alguns pesquisadores isolaram determinados compostos da própolis que apresentam conhecida atividade antiinflamatória. MIRZOEVA & CALDER (1996) atribuíram esta propriedade à presença na própolis de compostos tais como o ácido cafeico, a quercetina, a narigenina e o éster fenetílico do ácido cafeico (CAPE). Esta atividade antiinflamatória seria resultante da supressão da síntese de prostaglandinas e deleucotrienos pelos macrófagos.



A participação do CAPE isolado da própolis, na inibição da síntese de prostaglandinas foi também constatada por BORRELLI et al. (2002). Além destes compostos, KRO et al. (1996)caracterizaram na própolis mais outros 15 compostos que, conhecidamente apresentam esta atividade antiinflamatória, entre eles o ácido salicílico, a apigenina, o ácido felúrico e a galangina.



A inibição na geração de óxido nítrico por macrófagos é também apontada como um dos fatores responsáveis pela atividade antiinflamatória da própolis (Nagaoka et al., 2003). Entretanto, outros estudos indicam um aumento na produção de H2O2 e NO por estas células (ORSI et al., 2000). Um incremento na mobilidade e espraiamento destas células também foi constatado por TATEFUGI et al. (2003).

Certamente a capacidade da própolis em inibir o crescimento de microorganismos é a atividade farmacológica mais popularmente conhecida e comprovada cientificamente. A despeito de suas distintas composições, amostras de própolis da Europa são muito similares em relação à atividade antimicrobiana quando comparadas com as amostras de própolis provenientes do Brasil (POPOVA et al., 2004).

Poderá ser incorporado em cremes, loções cremosas, hidroalcoólicas ou tônicas, em shampoos, géis, loção de limpeza, produtos pós-barba, pós-depilação, para picadas de inseto, máscaras faciais, sabonetes e outros produtos cosméticos.



Na prática em desenvolvimentos de produtos com aplicação cosmética podemos citar uso do Extrato de Própolis com excelentes resultados no tratamento de produtos anti-acne (Sabonetes, tônicos e Géis faciais), pela sua propriedade anti-microbiana que irá agir, na inibição do Propionibacterium acnes e em pomadas no pós-peeling´s , promovendo ação calmante.



Diante do exposto, pode-se concluir que, com base nas pesquisas e estudos realizados por instituições de ensino, as ações terapêuticas da própolis tem sido difundida com resultados promissores, devido a sua eficácia.

Disponivel também em extrato alcoolico e em cápsulas gelatinosas, para uso oral, que tal reforçar o sistema imune, que tal fazer uso do propólis nessa época do ano, onde as baixas temperaturas, podem levar o organismo humano está mais susceptível a resfriados e gripes.




ALONSO, J.R.; Tratado de Fitomedicina. Bases Clínicas e Farmacológicas. ISIS Ediciones SRL, 1998.



COIMBRA, R.; Manual de Fitoterapia. Ed. CEJUP, 1994.



Bernardo CLE, Souza IAF, Colavitti C, Garcia C. Própolis: cicatrizante e antibiótico natural. Rev Bras Enferm. 1990;43(1/4):101-6

Santos MJ, Vianna LAC, Gamba MA. Avaliação da eficácia da pomada de própolis em portadores de feridas crônicas. Acta Paul Enferm. 2007;20(2):199-204.

www.ufmg.br/online/arquivos/010378.sht

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